sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Little Cloud Spiruline GT - Marca Histórica


Apresento a vocês o parapente SPIRULINE GT, da marca francesa LITTLE CLOUD, meu novo parceiro nestas aventuras pelo mundo do voo livre.
O Spiruline GT, que chamamos simplesmente de GT, é uma mini vela híbrida, que tanto serve para as brincadeiras com ventão e descida das montanhas como também para (acreditem se quiser) diversão em voos térmicos locais ou XC por diversão. 


Para apresentar o GT ao público na prática, decolei e parti primeiro para um momento diversão com o bom vento que estava entrando na rampa. A vela é bem pequena, tem pouca linha, o piloto voa mais perto do velame... um verdadeiro brinquedo. Estava usando o conjunto próprio para baixo peso (GT + selete reversível Turtle + reserva Alfacross 1.2kg).





É importante ressaltar que este parapente é um parapente adequado para as brincadeiras na rampa, diferente de um parapente normal/tradicional (ou como queiram chamar). Estas mini velas aceitam uma enorme redução do ângulo de ataque sem colapsar. Elas trabalham com uma ENORME energia e grande pressão interna... incomparável nos parapentes normais. Então, entendam que o grau de segurança deste brinquedo é absurdamente adequado para o que se propõe, desde que do outro lado também haja um piloto com a técnica para lidar com as velocidades e taxas de afundamento diferenciadas.



Depois da sessão 4fun, brincando com ventão e até com as entradas de térmicas e demonstrando o grau de adequação do GT para uma brincadeira segura, parti para o voo térmico para demonstrar a aplicabilidade do brinquedo também nesta abordagem do voo.





Fui pra base com a galera me divertindo e também entendendo algumas caracteristicas do parapente para ir adequando a pilotagem para um melhor rendimento. Por ser uma vela pequena e ter grande velocidade, é preciso reaprender a enroscar para evitar desperdício de energia. Um fato é que nas térmicas mais fracas o GT sofre muito para subir e nas térmicas mais fortes ele tira grande vantagem de sua maior velocidade e menor raio de giro para aproveitar mais os núcleos. Um espetáculo de diversão. Um detalhe bem interessante: enquanto a galera sofre nas turbulências, o GT surfa com uma estabilidade abusrda. Em vários momentos eu simplesmente clipava o freio externo no tirante e voava segurando apenas o freio de dentro dosando a velocidade e amplitude do giro... muita diversão.


Momento divertido fazendo uma tirada com o parceiro Capitão (Willame) de Imperatriz-MA. Não tinha como ele acompanhar... a diferença de velocidade do GT para o Rush 4 era muito grande. À frente estavam o Jean (Sigma) e Ney (Aspen) e fui buscá-los numa velocidade impressionante.


Um momento bem interessante foi na travessia do rio araguaia, sobre Araguatins. A turma da frente se atrapalhou, eu enchi o tanque para compensar a diferença de performance (coisa óbvia) e acabei alcançando todos logo na entrada do Pará. 


A turma pegou o final de ciclo e fez uma opção lateral para sul e eu acabei fazendo uma opção adiante, para oeste. Acabei pegando a frente do voo e assim segui sozinho pela esquerda da transamazônica. A turma ficou para trás mas acabou, ao final, tirando vantagem de estarem voando em 5 pilotos e pousaram juntos com pouco mais de 100km... eu tive que lidar com uma mudança de rota e uma grande sombra sozinho e cai no 84km, fazendo o maior voo de distância livre da história numa mini vela (O MAIOR VOO DE DISTANCIA LIVRE DA HISTÓRIA).


Pousei dentro do pátio do posto na Vila Santana, às margens da rodovia transamazônica. Queria muito ter feito os 3 dígitos com a vela, que era a missão, mas não vai faltar oportunidade. O mais importante ficou provado mais uma vez: QUEM LEVA UM PILOTO LONGE É SUA EXPERIÊNCIA E SUAS DECISÕES NÃO SEU PARAPENTE.

Grande abraço a todos do time

LITTLE CLOUD BRAZIL

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